quarta-feira, 2 de março de 2011

Phil Keaggy



Há poucos anos descobri um músico fabuloso dos Estados Unidos. Seu nome é Phil Keaggy. Cantor, compositor, guitarrista/violonista com rara habilidade. Nascido no estado de Ohio em 1951, Phil Keaggy tem uma legião de fãs no mundo inteiro, inclusive entre músicos famosos. Um fato curioso marca a carreira dele: A ausência do seu dedo médio na mão direita, perdido num acidente com uma bomba d’água quando ele tinha 4 anos de idade. Isso não o impediu de começar a aprender guitarra quando tinha dez anos. Tocou em algumas bandas na adolescência, quando formou o trio Glass Harp, obtendo algum reconhecimento local. Com essa banda, ele gravou no estúdio de Jimi Hendrix, quando tinha entre dezoito e dezenove anos. Depois começou a correr uma lenda em que Hendrix, ao ser perguntado sobre “qual a sensação de ser o maior guitarrista do mundo” teria respondido: “Não sei, você tem que perguntar isso a Phil Keaggy”. Phil até hoje rejeita essa história.

Glass Harp no início dos anos 70 (Phil na guitarra):

Ao longo de toda a carreira ele tem lançado discos de qualidade e talento inquestionável. O que muito impressiona em Phil Keaggy é a capacidade de transitar por vários estilos com maestria. Domina tanto o violão acústico quanto à guitarra elétrica com a mesma habilidade. Em muitos trabalhos ele lembra muito o som de Paul McCartney. Sua voz num momento lembra a do ex-beatle, noutro lembra a de Russel Hitchcock, do Air Supply.

Lançou seu primeiro disco solo “What a Day” em 1973, e desde então foram mais de 50 discos gravados, fora as colaborações em trabalhos de outros artistas. Na obra instrumental são muito relevantes os discos “The Master and The Musician”, “Beyond Nature”, “220”, e “Freehand”.

Phil, no fim dos anos 70:

Com ou sem banda acompanhando ele é um show man. Aliás, ele nem precisa de banda. Com o domínio de vários recursos e efeitos de pedal ele faz a percurssão e todas as partes da guitarra ao mesmo tempo, criando uma sonoridade incrível.

Phil Keaggy é um músico bastante premiado, e é uma pena que no Brasil muito pouca gente o conheça. Vale a pena pesquisá-lo, tanto em sua obra instrumental como em seu trabalho como cantor.


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